29 de novembro de 2010

Da janela do meu quarto.

Da janela do meu quarto vê-se a estrada, prédios, semáforos, o passeio.
No meio de tanta gente, na cidade, há gente que ainda se sente sozinha.
Tenho saudades de acordar, de manhã, ir a varanda e espreguiçar-me perante uma paisagem de oliveiras, pinheiros, eucaliptos e montes a perder de vista, pensar "é tão bom viver assim".

Hoje do outro lado da janela do meu quarto, cai neve.
No meio de tanta gente, na cidade, que se abriga dos flocos tímidos que vão caindo, há gente que ainda se sente sozinha,.
Tenho saudades do sol, dos dias quentes e das noites amenas, da liberdade de Lisboa.
De quando, apesar de tudo estar trocado, estava tudo bem.

Da janela do meu quarto vê-se a vida, vê-se o encontro mas também se vê gente perdida.