7 de novembro de 2009

Hoje fiz um poema.

Eu hoje fiz um poema
Após anos de ausência
Sentia a falta das palavras
Queria sentir a sua essência

Uma caneta e na folha de papel
As palavras correram sem parar
Simples, leve e seguro
Sem ter nada nem ninguém a que agradar

Minutos breves de um dia
Que o tempo assim entendeu
Usar naquela alegria
De quem o poema leu

1 de setembro de 2009

Sonhos.

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Más há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
William Shakespeare

8 de agosto de 2009

Presente.

Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida, para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmo-nos com todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que enfrentamos com toda a disposição de tentar algo novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se Presente e tem a duração do instante que passa.

1 de agosto de 2009

Desilusões.

São estas às quais nunca nos habituamos: a pessoa que não cumpriu a palavra, o primeiro dia de Agosto e está a chover, as coisas feitas nas nossas costas e das quais só vimos a saber por acaso, os amigos que nos viram as costas quando mais precisamos deles e pelas razões mais parvas, a pessoa que tu pensavas que era diferente e que afinal… É mesmo diferente de ti, de tudo o que conheces, de tudo em que acreditas, das acções que ela própria tomava, daquilo que ela mesma dizia ser. Desilusões: já devia estar habituada a elas. E depois? Nunca dá para se habituar! Só dá para aprender a passar por cima, a dar a volta… Só que às vezes demora tempo!

20 de julho de 2009

Por quem já não volta não vale a pena chorar.

Por quem já não volta não vale a pena chorar. Hoje não é por te amar que me dá o aperto no estômago, é por te ver sofrer por quem nunca te amou. É por te ver andar nesses caminhos escuros, que eu sei que te fazem quase desistir de encontrar a “luz ao fundo do túnel”, mas que sabes que os vais ter que percorrer se queres chegar a algum lado: ao fim. Embora, por vezes, não tenhas a certeza de que “fim” é esse… O “fim” mesmo fim, que te leva a dar uma volta à tua vida, abrir as janelas do quarto, levar com o sol na cara e pensar que a vida é bela, ou então o “fim” que te faz voltar ao princípio, passar por tudo de novo, quando apenas o fizeste por acreditar que as pessoas mudam, que ia ser diferente e não irias sofrer pelas mesmas razões e, quem sabe, por mais nenhumas. Nada é perfeito, mas tu acreditas que, quando o sol te bate na cara, o brilho que vês é a realidade. Aquela que existe mas ninguém a vê, porque todos estão metidos no seu casulo, qual bicho-da-seda na esperança de um dia se tornar numa borboleta e voar. Porque todos vivem no seu pequeno mundo e não vêem o mundo que realmente existe, aquele que está mesmo ali à tua frente: que brilha! (It’s a beautiful day and you can’t let it go away). Vives nessa realidade e vives feliz. Nada pode ser mais perfeito!

Meu primo, meu amigo, por ti e para ti!

21 de junho de 2009

Apoio.

Há momentos em que pensamos quem realmente está do nosso lado, quem nos apoia mesmo quando queremos bater com a cabeça na parede. É nestes momentos que sinto que as pessoas não são verdadeiras, não gostam de mim pelo que realmente sou, com as minhas ideologias, as minhas teimas e manias, com todos os meus defeitos e virtudes... É nestes momentos que me desiludo... Quando estamos tristes, mesmo tentando por uma máscara feliz e alegre as pessoas deitarem-me abaixo... Ou nem bom dia dizerem e depois virem pedir favores... Não sou cínica nem quero ser... E há coisas que me magoam...Não acho normal que me pisem quando mais preciso! Há decisões na vida que nos ultrapassam, que vão além de qualquer desejo nosso... Muitas vezes deixamos de fazer algo não porque não o queremos fazer mas porque não temos condições para isso, e não nos apoiam...
Mas é nestes momentos que percebo que tenho uma força por detrás, que tudo tolera e suporta, mesmo quem nos deita mais abaixo.. Nesmo aquelas pessoas que supostamente são as nossas melhores amigas... Bem como todas aquelas pessoas que nos usam, nos chamam mentirosos, não nos falam mas nos pedem favores...
As relações são de dar e receber, se só estiveres interessado em receber... Bate a outra porta!

20 de junho de 2009

Perfect Circle.

A mask is easily placed,
On a betrayed and broken face.
A disguise to hide the past,
When you mapped out my skin and made the memories last.

Some things are never erased,
And I have run when I've been chased,
By recollections of you and me falling off our homemade castle
And even when I'm walking straight
I always end up in a perfect circle.

Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.

Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.

Why am I fighting, what's it for,
Must let my mask drop to the floor.
My scars I shouldn't hide from the people who are on my side,
Rolling up my sleeves to fight against,
All the things I locked up and all the things I fenced.

But it's time to let it out so we can build a brand new castle.
And even when I'm walking straight
I always end up in a perfect circle.

Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.

Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.

And even when I'm walking straight
I always end up in a perfect circle.

Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.

Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.
The more you scratch the more you itch.



Katie Melua - Perfect Circle
http://www.youtube.com/watch?v=WEWe3zMRMqo

My aphrodisiac is you.

Some people say
That oysters make you come on strong,
But I don't buy it,
I don't believe my diet turns me on.

Won't take no pills,
That's the last thing that I need to do,
I can't deny it,
My aphrodisiac is you.

Alright,
I could sniff some powdered rhino horn,
And go to bed in rubber gloves.
But I don't need no stimulation,
Potions, balms or embrocation,
I'm in love,
In other words...

Don't smoke no grass,
Or opium from old Hong Kong,
That hubble-bubble
Just makes me see you double
All night long.

Don't waste my time
With Spanish fly and roots to chew,
They cause me trouble,
Because my aphrodisiac is you.

Alright,
I could sniff some powdered rhino horn,
And go to bed in rubber gloves.
But I don't need no stimulation,
Potions, balms or embrocation,
I'm in love,
In other words...

Some people like
To read the khama sutra first,
But I don't need it
I think if I should read it
I'd be worse;

Don't ask me why,
Because baby, I ain't got a clue.
I just concede it,
My aphrodisiac
Is you...



Katie Melua - My Aphrodisiac Is You
http://www.youtube.com/watch?v=qclpI1KYU4g

31 de maio de 2009

Viver.

Quem passou pela vida em branca nuvem e em plácido repouso,
Adormeceu.

Quem não sentiu o frio da desgraça;
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu.


Francisco Octaviano

30 de maio de 2009

O Jogo.

Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que o tudo é tão maior
Aqui está frio demais para apostar em mim.

Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir...
Mas queres ficar?

Queres levar
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar

Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que me dói!
Vem que nem o último a cair vai perder.



"O Jogo", Tiago Bettencourt

Renúncia!

Era muito cedo, pela manhã, as ruas estavam limpas e vazias, eu ia à estação.

Ao verificar a hora em meu relógio com a do relógio de uma torre, vi que era muito mais tarde do que eu acreditara, tinha que apressar-me bastante; o susto que me produziu esta descoberta me fez perder a tranquilidade, não me orientava ainda muito bem naquela cidade.

Felizmente havia um policia nas proximidades, fui até ele e perguntei-lhe, sem fôlego, qual era o caminho.

Sorriu e disse:
— Por mim queres conhecer o caminho?
— Sim – disse –, já que não posso encontrá-lo por mim mesmo.
— Renúncia, renúncia – disse e voltou-se com grande ímpeto, como as pessoas que querem ficar a sós com o seu riso.



"Renúncia!", Franz Kafka

2 de maio de 2009

Let It Sunshine.

Lema de vida? Será?
Eu acho que sim…..

Se não é este o teu lema
Nunca e tarde para te apoderares dele
Mas apodera-te no seu todo, na sua essência
Que só assim verás as coisas boas da vida!

E verás
E verás que
E verás que ninguém te irá levar de vencido

E verás que o teu sol
Aquela luz que tens lá dentro
Aquilo que te faz viver
Aquilo que te trás a felicidade
Estára sempre a brilhar

E quando te quiserem derrotar
É quando ele estará a brilhar mais
E é ele
Ele mesmo que te vai fazer encontrar as coisas boas da vida!

E verás que mesmo não parecendo
Estarás sempre num plano superior
O que não quer dizer que sejas melhor que os outros
Porque somos todos iguais
Mesmo sendo todos diferentes

Mas porque a felicidade nem todos a encontram
E muitos parece que a não querem encontrar
Abre-te para a vida!
Lembra-te daqueles que merecem
E brilha
E brilha
Brilha até mais não poder!...

18 de abril de 2009

Ainda há príncipes encantados!

Ainda há príncipes encantados!
É claro que não aparece sob um golpe de magia; nenhuma varinha de condão o consegue materializar; ele vai-se fabricando aos nossos olhos, construindo dia após dia a imagem da pessoa que sonhámos ver ao nosso lado.
A pessoa certa não é a mais brilhante e eloquente, que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura a paixão mais avassaladora ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que vem viver connosco ao fim de três semanas e planeia viagem idílicas a ilhas secretas perdidas no Pacífico.
A pessoa certa é aquela para quem também somos a pessoa certa.
Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.
Não é o que diz «amo-te» 20 vezes por dia, mas o que sente que nos quer amar ao longo dos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que também olha por nós todos os dias. Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente. É só preciso deixá-lo ficar um dia atrás do outro...E se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer.

12 de abril de 2009

Poema Invisível.

Uma vez escrevi um poema a que dei o nome de Poema Invisível.

Não tinha palavras e foi, talvez, o poema mais puro que alguma vez escrevi ou escreverei. Foi escrito apenas com sentimentos. Sentimentos tão profundos que as palavras não podem tocar…Sempre que olho para aquele poema sinto vontade de chorar e as lágrimas servem como lentes para eu conseguir ler os hieróglifos dissimulados. Ninguém mais consegue saber o que lá está porque só as minhas lágrimas sabem o que escrevi. Só elas têm a graduação correcta e todas as outras pessoas vêm uma folha em branco.

Hoje estou triste como a noite e não consigo falar dos motivos. Nem tão pouco os consigo entender.

Pessoa.

"Pessoas assim não têm pressa, não precipitam os acontecimentos com acções inconscientes. Elas sabem que o inevitável se manifestará, que o verdadeiro encontra sempre uma forma de se mostrar. Quando chega o momento, elas não hesitam, não perdem uma oportunidade, não deixam passar nenhum momento mágico, porque respeitam a importância de cada segundo."

Onze Minutos - Paulo Coelho



"(...) Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora. Soltar. Desprender-se. As pessoas precisam de compreender que ninguém está a jogar com cartas marcadas; às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não esperes que devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Encerra ciclos. Não por orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque aquilo simplesmente já não se encaixa na tua vida. Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode o pó. Deixe de ser quem era e transforme-se em quem é!"

O Zahir - Paulo Coelho

Apetece-me escrever.

Apetece-me escrever. Não sei bem o quê. Nem porquê. Se calhar nem interessa. Escrevo, escrevo sobre mim, sobre a vida, sobre os amigos, sobre tudo. Sobre nada! Sobre o tempo que passa, sobre a falta de vontade ou a sua demasia. Não sei, não sou. Gostava de ser, de saber. Mas o quê? E porquê? Tem de haver uma razão? Tem de haver um motivo? Tem, tudo tem uma explicação, um impulso por trás... Não é mais que isso, um impulso. Uma resolução do momento. Não tem lógica, só tem coração. Uma coisa muito bonita, muito linda, útil até... quem sabe! Mas e depois? O que fica do momento? A recordação... Existe quem seja capaz de viver apenas com a recordação? Não duvido... E gostava! No fundo... Esquece! Tudo isto para quê? Porquê? Porque me apetece escrever... Só? E chega... Quem te diz que não chega? Quem te diz que a tua vontade não é suficiente para isso? Para escrever, sonhar, viver...