18 de abril de 2009

Ainda há príncipes encantados!

Ainda há príncipes encantados!
É claro que não aparece sob um golpe de magia; nenhuma varinha de condão o consegue materializar; ele vai-se fabricando aos nossos olhos, construindo dia após dia a imagem da pessoa que sonhámos ver ao nosso lado.
A pessoa certa não é a mais brilhante e eloquente, que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura a paixão mais avassaladora ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que vem viver connosco ao fim de três semanas e planeia viagem idílicas a ilhas secretas perdidas no Pacífico.
A pessoa certa é aquela para quem também somos a pessoa certa.
Tão simples quanto isto. Às vezes demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vulgar no nosso príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.
Não é o que diz «amo-te» 20 vezes por dia, mas o que sente que nos quer amar ao longo dos próximos 20 anos. É alguém que olha todos os dias para nós, mas que também olha por nós todos os dias. Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente. É só preciso deixá-lo ficar um dia atrás do outro...E se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer.

12 de abril de 2009

Poema Invisível.

Uma vez escrevi um poema a que dei o nome de Poema Invisível.

Não tinha palavras e foi, talvez, o poema mais puro que alguma vez escrevi ou escreverei. Foi escrito apenas com sentimentos. Sentimentos tão profundos que as palavras não podem tocar…Sempre que olho para aquele poema sinto vontade de chorar e as lágrimas servem como lentes para eu conseguir ler os hieróglifos dissimulados. Ninguém mais consegue saber o que lá está porque só as minhas lágrimas sabem o que escrevi. Só elas têm a graduação correcta e todas as outras pessoas vêm uma folha em branco.

Hoje estou triste como a noite e não consigo falar dos motivos. Nem tão pouco os consigo entender.

Pessoa.

"Pessoas assim não têm pressa, não precipitam os acontecimentos com acções inconscientes. Elas sabem que o inevitável se manifestará, que o verdadeiro encontra sempre uma forma de se mostrar. Quando chega o momento, elas não hesitam, não perdem uma oportunidade, não deixam passar nenhum momento mágico, porque respeitam a importância de cada segundo."

Onze Minutos - Paulo Coelho



"(...) Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora. Soltar. Desprender-se. As pessoas precisam de compreender que ninguém está a jogar com cartas marcadas; às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não esperes que devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Encerra ciclos. Não por orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque aquilo simplesmente já não se encaixa na tua vida. Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode o pó. Deixe de ser quem era e transforme-se em quem é!"

O Zahir - Paulo Coelho

Apetece-me escrever.

Apetece-me escrever. Não sei bem o quê. Nem porquê. Se calhar nem interessa. Escrevo, escrevo sobre mim, sobre a vida, sobre os amigos, sobre tudo. Sobre nada! Sobre o tempo que passa, sobre a falta de vontade ou a sua demasia. Não sei, não sou. Gostava de ser, de saber. Mas o quê? E porquê? Tem de haver uma razão? Tem de haver um motivo? Tem, tudo tem uma explicação, um impulso por trás... Não é mais que isso, um impulso. Uma resolução do momento. Não tem lógica, só tem coração. Uma coisa muito bonita, muito linda, útil até... quem sabe! Mas e depois? O que fica do momento? A recordação... Existe quem seja capaz de viver apenas com a recordação? Não duvido... E gostava! No fundo... Esquece! Tudo isto para quê? Porquê? Porque me apetece escrever... Só? E chega... Quem te diz que não chega? Quem te diz que a tua vontade não é suficiente para isso? Para escrever, sonhar, viver...