20 de julho de 2010

Há certas horas.

"Há certas horas, em que não precisamos de um Amor. Não precisamos da paixão desmedida. Não queremos um beijo na boca nem corpos a encontrarem-se na maciez de uma cama.

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado sem dizer nada.

Há certas horas, quando sentimos que estamos quase a chorar, que desejamos uma presença amiga, a ouvir-nos, paciente, a brincar connosco, a fazer-nos sorrir.

Alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache as nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios sem fim e que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável. Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado.

Alguém que nos possa dizer:
Acho que estás errado, mas estou ao teu lado.

Ou alguém que apenas diga:
Estou Aqui!"


William Shakespeare

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